Postmortem
Foi a primeira simulação das nações unidas que eu participei. Fui principalmente por recomendação dos professores que estavam nos preparando (não muito bem) para a viagem para os EUA com o intuito de participar da NAIMUN. Como primeira experiência foi bem decepcionante sinceramente, não podia me sentir mais deslocado e perdido. Não estava consciente, mas o sentimento de “mas que porra exatamente estou fazendo aqui?” estava lá.
O que eu aprendi exatamente dessa experiência? Especificamente sobre MUNs é que é sempre mais fácil de fazer as coisas se você possuir um plano de antemão e um discurso de abertura pronto e decorado (porque é mais desafiante mas dentro dos limites de desconfortável, fugindo da improvisação).
Eu diria que foi uma experiência 4/10. Foi definitivamente mais legal uma vez que terminei. Lembro de ter feito a Malu rir por arrancar o crachá pelo pescoço, o que arrebentou a cordinha de plástico. Também lembro da sagacidade do Gabriel ao perceber duas meninas tirando fotos sozinhas e ele tomou a oportunidade para conversar com elas.
No escopo maior, acho que o que realmente pude tirar dessa experiência foi o que aprendi com todas as oportunidades que participei e de alguma forma foi mais frustante do que recompensador: não se envolva em atividades em que você não tem uma objetivo bem definido para ela (nem que seja só “experimentar”, pois pelo menos assim você terá motivo para fazer as coisas que estão sendo propostas ao invés de ficar só sentado tomando um chá de cadeira por 10h).
Se fosse para fazer novamente eu faria o seguinte: estudaria o caso com mais seriedade, traçaria uma possível estratégia de parceria com outros delegados que são alinhados com minha agenda (mas não dependeria deles para puxar minha agenda) e definiria alguns objetivos mais gerais para trabalhar soft-skills de comunicação e debate principalmente. Basicamente criaria qualquer justificativa que fosse para engajar ao máximo com o evento, por mais merda que ele fosse, já estou na merda mesmo, só resta lambuzar.