Postmortem
Foi um programa de mentoria para iniciar estudantes aspirantes a cientistas. Era um projeto muito bem estruturado que eu sinceramente perdi a oportunidade de fazer um trabalho bom, mas por falta de motivação como também ocorreu em projetos anteriores. Estava fazendo mais em razão da Ester ter sugerido, mas sofremos demais, primeiro pela premissa da minha participação estar completamente errada e segundo pela ideia do projeto estar completamente mal embasada.
A ideia era para inicialmente criarmos um bioplástico a partir de casca de ovos. Mas a casca de ovo não tinha nenhum componente que integra plásticos. O mais lógico era fazermos algo baseado com cálcio, como uma receita que fortalecesse os gessos que iam para o tratamento de ossos quebrados ou algo do gênero.
A ideia do bioplástico logo morreu e tivemos que pivotar. A Ester estava claramente explorando o que interessava ela, ainda indecisa se queria focar mais em ciência ou educação, ela acabou decidindo pesquisarmos sobre alunos superdotados, que eu pessoalmente não me importava muito.
Eu tinha feito tudo errado, concomitantemente a esse projeto que pouco ajudei a fazer, eu também estava fazendo minha primeira iniciação científica. Acho que foi aqui que nasceu minha necessidade de criar alguma forma de gerenciamento de tempo. Mas pouco levava a sério esse projeto já que não tinha um propósito para estar fazendo ele. Por isso que nem me dou o trabalho de colocar ele no currículo.
Fique tão frustrado e envergonhado comigo mesmo que nem salvei o certificado que ganhei. Acho que a única mídia que tenho atualmente é esse vídeo do status do projeto e esse post da Ester
O que deveria ter feito diferente? Ter tido agência para início de conversa, eu sou esse tipo de pessoa proativa em projetos, por isso que geralmente acabo estando responsável por liderar os esforços. Não deveria ter sido diferente. Mas minha falta de autoconhecimento e inabilidade de visualizar o jogo mais à frente me inibiram. Novamente, é falta de ser intencional com o que me comprometo a fazer, logo não levo a sério e abro brechas para irresponsabilidades.